Construir a igualdade <br>em todo o País
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) iniciou a 28 de Maio, Dia Internacional da Saúde da Mulher, uma campanha que tem como lema «Pela saúde da mulher, construir a igualdade». Esta acção tem como objectivo sensibilizar e informar sobre a situação da saúde das mulheres e os seus direitos, designadamente nos campos da saúde sexual e reprodutivo e nos cuidados primários, assim como poder construir uma proposta reivindicativa – transversal – para a melhoria da saúde das mulheres, em todo o seu ciclo de vida, a apresentar aos órgãos de poder.
Em todo o País está a ser distribuído um comunicado com as linhas mestras das reivindicações por um Serviço Nacional de Saúde (SNS) de qualidade e universal, eixo fundamental para a promoção e dignidade das mulheres, e recolhido um abaixo-assinado dirigido à Assembleia da República, onde se dá conta de que «mais de um milhão de portugueses não têm médico de família», que «faltam 800 médicos no País» e que «as zonas mais carenciadas são Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, embora este seja um problema muito sentido em todo o território nacional».
«Ao nível dos cuidados de saúde primários, a falta de médicos de família e de outros profissionais tem levado ao aumento exponencial do número de utentes por médico (de 1800 para 2500), à desactivação de gabinetes de atendimento à saúde juvenil e planeamento familiar, à insuficiência de apoios domiciliários e de intervenção comunitária», denuncia o abaixo-assinado. O documento contesta também a chamada «racionalização» de serviços e a nova classificação dos hospitais, decorrentes da Portaria 80/2014.
O MDM está ainda a solicitar audiências à Direcção Geral de Saúde, às Administrações Regionais de Saúde e administrações de hospitais, com carácter de auscultação sobre os projectos elencados para o futuro, nomeadamente o Plano de Saúde do Programa 20/20.